A perversão como defesa contra o não-dito

implicações no manejo da contratransferência

Autores

  • Aline Choueke Turnowski Instituto Sedes Sapientiae

DOI:

https://doi.org/10.56073/bfp.v30i1.44

Palavras-chave:

Perversão, defesa, confusão de línguas, contratransferência

Resumo

O presente artigo trata de um caso atendido em consultório. Inicialmente, o paciente possuía características típicas de uma estrutura perversa. Ao longo do atendimento e confecção do artigo, foi surgindo a hipótese de que os comportamentos perversos seriam uma construção defensiva contra angústias de aniquilamento e morte, provenientes de um silêncio mortífero sobre o passado dos pais na Segunda Guerra Mundial. Foi também pensada a possibilidade de manejo da contratransferência diante do horror causado pela história e pelo silêncio.

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Biografia do Autor

Aline Choueke Turnowski, Instituto Sedes Sapientiae

Psicóloga, psicanalista, membro do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Exerceu acom-panhamento Kleiniano durante três anos, foi coordenadora da Comissão de Publicação e atualmente coordena a Comissão de Eventos no mesmo departamento. É também professora convidada na Sociedade Paulista de Psicanálise.

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Publicado

2022-11-10

Como Citar

CHOUEKE TURNOWSKI, A. A perversão como defesa contra o não-dito: implicações no manejo da contratransferência. Boletim Formação em Psicanálise, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 51–62, 2022. DOI: 10.56073/bfp.v30i1.44. Disponível em: https://revistaboletim.emnuvens.com.br/revista/article/view/44. Acesso em: 19 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos