Limites da discursividade e da contratransferência
DOI:
https://doi.org/10.56073/bfp.v32i1.88Palavras-chave:
Contratransferência, discursividade, identificação projetiva, subjetividade, linguagemResumo
O trabalho parte da obra de Susanne Langer, que postulava que nem todo o mundo de experiência de um sujeito pode se exprimir por meio da linguagem. Uma parte importante do que é experimentado não cabe no plano da discursividade. O trabalho defende que aquilo que a psicanálise toma como plano do pré-verbal ou não verbal corresponde a esta zona da experiência descrita por Langer. E defende que, na clínica, o único meio disponível ao analista para o acesso a este universo está nas reações contratransferenciais, que devem passar por um processo de elaboração para serem então instrumentalizadas como parte do dispositivo técnico.
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