Notas sobre a transmissão da psicanálise
rastros e restos nos interessam
DOI:
https://doi.org/10.56073/bolformempsic.v27i1.6Palavras-chave:
Psicanálise, transmissão, experiência, ética, herançaResumo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre as condições de possibilidade da formação de um psicanalista. Partindo do tripé formação, supervisão e análise pessoal como condições príceps para a formação do psicanalista, buscaremos argumentar que essas condições, tomadas apenas em seu sentido formal, não são suficientes para a formação. A regra fundamental que, segundo Freud, exige a associação livre por parte do analisante e a atenção flutuante por parte do analista, nos levará a interrogar quaisquer posições dogmáticas, no percurso de uma formação. A ideia de transmissão, presente na obra de Walter Benjamin, também nos auxiliará a revisitar esse tripé em outros termos, pois a palavra, como constituinte de uma experiência, aponta para uma posição ética que não reputa um passado imobilizado, mas sim, como campo de sentidos que carreiam possibilidades de transformação no presente.
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Referências
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